UMA SERPENTE HÍBRIDA! (click here english version)

No início dos anos 80, tive o prazer de participar de um daqueles campeonatos de Odyssey. Na época, eu ainda não tinha o console, mas este campeonato foi outro fator decisivo na escolha de meu primeiro (e favorito) console. Sobre o campeonato, pretendo escrever mais sobre ele em futuros artigos. Dando continuidade ao mês dos monstros, meu post nesta semana é sobre o jogo "A Serpente do Poder", foi no já citado campeonato que a vi pela primeira vez, Infelizmente, não tive a chance de jogá-lo na época. Os jogos oficiais do campeonato eram Tartarugas, Senhor das Trevas e Come-Come 2. A Serpente do Poder, além de Q*Bert e Abelhas Assassinas estavam ali apenas para demonstração e ao contrário dos jogos  do campeonato, onde o tempo era limitado, os jogos expostos para demonstração podiam ser jogados, mas como não havia um tempo limite quem chegasse primeiro podia ficar ali por horas, o que tornava o acesso a eles muito difícil. De toda forma, fiquei encantado com a serpente quando a vi (ops!). Passado mais ou menos um ano daquele inesquecível evento, ganhei meu cartucho "A Serpente do Poder". Após o ritual de ler o manual e suas magníficas ilustrações era hora de jogar. Eis que começam as frustrações. A primeira delas, eu já conhecia, o jogo não tinha o clássico fundo preto.
Sempre gostei dos fundos pretos, acho que eles adicionam um charme único dos arcades aos jogos, além do fato de que reforça as cores dos outros objetos na tela. E claro, a noite torna as batalhas mais cinematográficas. Pensando, nisto, anos atrás fiz uma versão "plus" para o jogo: https://www.youtube.com/watch?v=nho0BFxUb-c. Mas, o pior estava por vir. As regras do jogos pareciam terem sido escritas por Aleister Crowley: Faça o que tu queres há de ser tudo da lei! Era mais ou menos assim, você iniciava o jogo, mas não tinha um objetivo específico, podia atirar na serpente, nas rochas vulcânicas, lavas, na porta ou simplesmente ficar voando pra lá e pra cá! Pra piorar as regras de pontuação do jogo são ainda mais estranhas. Todo seu esforço é premiado com míseros pontos. Pelo que lembro acertar a porta dava 45 pontos ao jogador, cada rocha vulcânica destruída valia 3 pontos e assim por diante. Porém, um erupção vulcânica, um evento totalmente aleatório dava 1000 pontos ao jogador. É quase como uma partida de Quadribol. Você tem que marcar gols, escapar de uma bola assassina, mas no fim, vence quem pegar o pomo de ouro. Pra que o resto, então ?????? Muitas lendas urbanas sobre jogos surgiam naquela época, especificamente sobre o 2600, que era o sistema mais popular na época. Lembro-me ter ouvido sobre uma eventual aparição do Gargamel no jogo do Smurfs. Também tinha algo sobre o jogo Enduro na qual diziam que aparecia uma pessoa dando uma bandeirada final, entre outras. Costumava contar a alguns amigos, que às vezes, Cripta, Godo e Argus (embora nunca soube quem era quem na capa do jogo) costumavam sair do interior do vulcão e atacar o jogador, acho que era assim que as lendas surgiam. O fato é que Serpente do Poder sempre pareceu um jogo incompleto. Costumava pensar no jogo com uma espécie de complemento no estilo "Super Cobra". Hoje, graças ao acesso a informação percebe-se que "A Serpente" nunca fora completada de fato. O jogo é o derradeiro lançamento nos Estados Unidos. É como se dissessem a Ed Averett (programador do jogo): "Acabou" e ele responsse: "Ok, então deixe-me fazer mais um dinheirinho com este meio jogo" Uma atenta leitura à versão americana da revista "Odyssey Aventura", no site de nosso amigo e parceiro David Flemming, começa a dar indícios sobre isto http://www.ozyr.com/o2adv/pages/sum83p14.html . A revista deixa claro que o objetivo do jogo é: "Destruir a Serpente antes de entrar na fortaleza". Para dirimir qualquer dúvida as recentes descobertas dos protótipos do mesmo jogo para o Colecovision e Atari 2600 contém uma segunda parte no interior do vulcão. Então, tive a idéia de tentar uma "´serie híbrida", na qual também pretendo incluir o jogo Demon Attack e a fase do "castelo". 

A primeira parte do projeto inclui algumas alterações gráficas no jogo original, devendo incluir ainda, a "morte" da serpente. Uma vez cumprida a primeira parte da missão, o jogador deverá entrar no vulcão e derrotar os outros vilões do jogo, os agora populares Cripta, Godo e Argus. Haverá, ainda, no interior do vulcão, uma mais rochas vulcânicas que deverão ser evitadas. Não fiz um vídeo para esta parte, pois as imagens geradas pelo emulador não são fiéis ao console. Abaixo, segue uma imagem desta parte do projeto que se um dia concluído será lançado pela Packrat Video Games. 

Será que Adam Power finalmente terá seu encontro com o terrível Argus!

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ENGLISH:

In the early 80s, I had the pleasure of participating in one of those Odyssey championships. At the time, I still hadn´t the console, but this championship was another decisive factor in choosing my first (and favorite) console. About the championship, I intend to write more about it in future articles. Continuing the month of monsters, my post this week is about the game "Power Lords", was the aforementioned championship that saw it for the first time, unfortunately, did not get a chance to play it at the time. The official championship games were Turtles, Attack of The Timelord and KC Munchkin. Power Lords, Q * Bert and Killer Bees were there for demonstration and unlike league games, where time was limited, the exposed for demonstration games could be played, but as there was a time who came first could stay there for hours, making access to them difficult. Anyway, I was delighted with the snake when I saw (ops!). Spent over a year or so that unforgettable event, I gained my Power Lords cartridge . After the ritual of reading the manual and its magnificent illustrations was time to play. Behold start frustrations. The first one, I knew, the game didnt have the classic black background. I always liked the black backgrounds, I think they add a unique´arcade charm to the  games, plus the fact that reinforces the colors of other objects on the screen. Of course, the night becomes the most cinematic battles. Thinking, this, years ago I made a "plus" version for the game: https://www.youtube.com/watch?v=nho0BFxUb-c. But worse was to come. The rules of the games seemed to have been written by Aleister Crowley:  "Do what thou wilt shall be the whole of the law"! It was something like this, you started the game, but did not have a specific goal, could shoot the  door, snake, the volcanic rocks, lava, or just get in the flying back and forth! To make matters worse the game scoring rules are even stranger. All your effort is rewarded with a measly points. As I recall hit the door gave 45 points to the player, each destroyed volcanic rock was worth 3 points and so on. But a volcanic eruption, a totally random event gave 1000 points to the player. It's almost like a game of Quidditch. You have to score goals, escape from a killer ball, but in the end, you win if you catch the Snitch. For what do the other things, then? ?????? Many urban legends about games arose at that time, specifically on the 2600, which was the most popular system at the time. I remember hearing about a possible appearance of Gargamel in The Smurfs game. Also had something about Enduro game in which said it appeared a person giving a checkered flag, among others. I used to tell some friends, that sometimes Gryptogg, Raygoth and Arkus (although never knew who was who on the cover of the game) used to go out from inside the volcano and attack the player, I think that's how the legends arose. The fact is that Power Lords always seemed an incomplete game. I used to think the game with a kind of complement in style  of "Super Cobra". Today, thanks to access to information is perceived that "The Snake" was never actually completed. The game is the ultimate release in the United States. It is as if to say to Ed Averett (game developer): "It's over" and he responsse: "Okay, so let me make another buck with this  unfinhised game" A careful reading of the American version of the magazine "Odyssey Adventure" in site of our friend and partner David Flemming, begins to give clues about this http://www.ozyr.com/o2adv/pages/sum83p14.html. The magazine makes it clear that the object of the game is: "Destroy the snake before entering the fortress." For the avoidance of any doubt the recent discoveries of the prototypes of the same game for the Atari 2600 and ColecoVision contains a second part inside the volcano. So I had the idea of ​​trying a "hybrid'serie" in which also plan to include the game Demon Attack and the phase of the "castle".

The first part of the project includes some graphical changes in the original game, and should include also the "death" of the serpent. Once fulfilled the first part of the mission, the player must enter the volcano and defeat the other villains of the game, now popular Gryptogg, Raygoth and Arkus. There will also be inside the volcano, a more volcanic rocks that should be avoided. I did a video for this part because the images generated by the emulator are not faithful to the console. Below is a picture of this part of the project if ever completed will be released by Packrat Video Games.

Did Adam Power will finally have his meeting with the terrible Arkus!